Por que uma pastoral universitária?

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Por Ednoel Ribeiro de Amorim

O ambiente acadêmico, permeado por inúmeras áreas de atuação e corre-corre de atividades, pode transparecer a ilusória sensação de que o programa formativo da faculdade é apenas intelectual. No entanto e, sobretudo, no ambiente universitário cristão é necessário tomar consciência de que a faculdade desempenha um papel extremamente importante no desenvolvimento da sociedade.

Para isso é preciso construir meios que promovam não apenas a conquista de um diploma ou que estabeleçam um critério de aprovação pautado na capacidade de gravar conteúdos e reproduzi-los mecanicamente. Aquilo que se está acostumando chamar de comunidade acadêmica deve ser um corpo integrado e preocupado pela formação do ser humano em todas as suas dimensões, que não estão reduzidas apenas ao âmbito intelectual.

Por isso, é de fundamental importância a existência de uma Pastoral Universitária. Ora, o termo pastoral inspira e nos remete para uma atitude de cuidado. Aquele que é “pastor” ou “pastora” é precisamente aquele e aquela que cuida de um rebanho. Do mesmo modo as pastorais e nesse caso a Pastoral Universitária é chamada a cuidar desse corpo, que nomeamos comunidade acadêmica, formada por alunos, professores, colaboradores, coordenações e direção.

Nesse processo é importante ter consciência de que somos uma pastoral católica e como tal precisamos nos identificar, no entanto, antes de fazer proselitismo ou imposições estéreis é preciso promover uma sadia integração de todos em prol de uma formação humana cada vez mais autêntica. É evidente que acreditamos que o Evangelho possui uma potencialidade incomensurável no processo de formação do ser humano, no entanto, como disse o Papa Bento XVI em sua homilia na missa de abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, em 13 de maio de 2007, aqui no Brasil, e depois reproduzida pelos bispos no Documento Final de Aparecida: “A Igreja cresce, não por proselitismo, mas por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo para si’ com a força do seu amor.” (Documento de Aparecida, 159). E ainda, “ […] não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva […]” (Documento de Aparecida, 12).

Portanto, deve ser natural crescer em harmonia com todos os seguimentos religiosos e não-religiosos que se encontram dentro do ambiente acadêmico, formar comunidade que respeita as diferenças, cuidar-se mutuamente e interessar-se pela verdade, pelo bem comum, justiça, solidariedade etc. Aqui na Fapcom, a Pastoral Universitária fez a opção de trilhar o seu itinerário e dar sua contribuição fundamentando-se em três dimensões: Espiritualidade, Cultura do Encontro e Ação Solidária. Apesar da teoria bem formulada sabemos que Pastoral não se faz com uma pessoa, mas com a união das forças, acreditando nos valores cristãos do Evangelho e no testemunho que edifica, inspira e transforma.

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