O teste da vida

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Por Pe. Reymel Ramos, ssp

No evangelho de Marcos 7,24-30, lemos o lindo encontro de fé entre a mulher siro-fenícia e Jesus. Sem dúvida, Jesus é a pessoa mais amorosa. Ele é alguém que genuinamente se preocupa com as pessoas e ama aqueles de quem ninguém mais cuidou. Mas Jesus nesse texto parece ser indiferente. Ele parece não ter coração. Ele torna as coisas mais difíceis para uma mãe que só deseja a cura para sua filha que estava possuída por um demônio. Ele disse a ela: “Deixe primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não é certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos.”.

Isso sugere a imagem de uma refeição em família em que as crianças são alimentadas primeiro e, em seguida, as sobras são dadas aos cães, que muitas vezes ficam debaixo da mesa. Com essa declaração, Jesus está sugerindo que Sua missão é primeiro para com os judeus e, somente depois, para os pagãos. Mas a mulher parece não ter sido afetada pelo insulto de Jesus. Em vez disso, ela mostra humildade genuína e fé indomável. Ela responde: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.

Sua persistência e grande fé valeram a pena. A filha dela foi curada. Como a mulher siro-fenícia, todos nós temos pedidos e intenções que levamos a Jesus em oração. Muitas vezes, sentimos que nossas orações não foram respondidas. O exemplo desta mulher pagã deve inspirar-nos a ser firmes em nossa fé no Senhor, especialmente durante os tempos de severas provações e dificuldades. Devemos ser mais persistentes na oração até que Deus responda. Para conseguir o que queremos, precisamos passar por um teste, o teste de Jesus.

Antes de chegar às nossas respectivas carreiras precisamos experimentar os altos e baixos da vida estudantil. Para alcançar nossos sonhos precisamos passar por inúmeros momentos de queda e ficar em pé. Na competição precisamos experimentar como perder para descobrir como vencer. Em tudo o que fazemos, antes de consegui-lo, precisamos vivenciar momentos de dúvidas, desânimos, frustrações e dificuldades. Não podemos pular o teste da vida porque isso nos fará maduros, melhores, mais fortes e íntegros como pessoas.

O único problema, entretanto, é que muitas pessoas não confiam totalmente em Deus. Disse São Josemariá Escrivá que o problema que enfrentamos hoje é que “poucos rezam e quem reza… reza pouco”. Quando estamos sem esperança, Deus nos diz que há esperança. Quando sentimos vontade de desistir, Deus nos inspira a nos esforçar mais e ir longe. Ao obter o que queremos, buscamos esperança, não medo e desespero. O Papa Francisco disse uma vez: “o pior inimigo de uma fé frágil é o medo”. Nossa fé persistente nos fará acreditar que com Deus todas as coisas são possíveis.

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