Por Pe. Reymel Ramos, ssp
Em Marcos 7,1-13, Jesus lida com a hipocrisia dos escribas e fariseus porque eles estavam sendo acusados de quebrar a tradição por não fazer o ato de purificação antes de comer.
Em resposta, Jesus apontou o testemunho errado e a má prática da tradição dos escribas e fariseus. Ele disse: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim”. Definitivamente, Jesus não é contra o lavar as mãos, não apenas como prática de saúde, mas também como prática religiosa. Mas, o que Jesus se opõe é a maneira como esses líderes impõem estritamente essas observâncias externas como expressões de amor a Deus e manifestação de santidade. Os fariseus davam mais importância aos rituais do que à essência da lei. Eles estavam mais preocupados com regulamentações externas que negligenciaram as atitudes internas.
Palavras e ações devem ser consistentes. “Diga o que você quer dizer e seja sério o que você diz.” Devemos ter como objetivo a autenticidade e não a hipocrisia. Jesus disse: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus entrará”. O trabalho deve acompanhar as palavras. Quando Deus criou o mundo, por exemplo, a criação aconteceu imediatamente após a Palavra de Deus. Deus é nosso modelo, nunca disse nada que não tivesse feito e Ele sabia que as palavras não eram suficientes, por isso, Jesus, a Palavra de Deus, se fez carne.
As palavras, por mais belas que sejam, só podem fazer até certo ponto. É na vivência dessas palavras que somos salvos. Diante de tudo isso, a melhor reflexão que podemos fazer é a nossa forma de testemunhar. Jesus tornou-se atraente para muitos não apenas por causa de sua aparência agradável, nem por seus incontáveis milagres ou sabedoria. Jesus era atraente por causa de sua integridade. Ele é alguém cuja vida privada combina com a vida pública, cujas ações combinam com suas palavras. Ele é uma pessoa que vive o que fala, que pratica o que prega.