Entrevista com Francisco Galvão
Redação: Como a Pastoral tem se adaptado a essa nova realidade, diante do enfrentamento da Covid-19?
F. Galvão: A pandemia pegou todo mundo de surpresa. Tivemos que repensar tudo. Abrir mão de vários projetos, ideias e eventos que já estavam marcados desde o ano passado. Foi uma adaptação rápida apesar de tudo. Depois tivemos que parar e refletir o que iríamos fazer a partir da recomendação e necessidade de isolamento social. Começamos com lives, entrevistando nossos professores, pessoas engajadas. Tentamos manter o mesmo ritmo de antes, mas no ambiente on-line.
Redação: Como esta sendo a experiência?
F. Galvão: Realizamos muitas entrevistas, promovemos o intervalo cultural com os alunos em horário adaptado, meditações, produção de pequenos vídeos, publicações motivacionais etc. Num primeiro momento foi interessante, muitos se envolveram, mas depois a participação foi diminuindo, o que achamos normal, pois para nossos alunos e professores está sendo bastante exigente ficar on-line por horas. Por isso a pastoral diminuiu o ritmo de suas atividades. Estamos com uma presença mais discreta nas mídias sociais, também para deixar nossos seguidores respirarem um pouco, porém continuamos bem ativos.
Redação: O que tem sido mais difícil?
F. Galvão: A saudade. Somos seres de relações. Apesar das diferenças sentidas no cotidiano, à medida que vamos nos aproximando uns dos outros, vamos percebendo o quanto somos diferentes. Ao mesmo tempo, percebemos que isso nos enriquece. Sem dúvida a saudade de realizarmos projetos juntos no calor da companhia dos irmãos e irmãs é o que mais nos tem causado ansiedade. Queremos que tudo isso passe logo, para podermos retornar a nossas atividades e podermos nos reencontrar face a face.
Redação: Uma palavra de esperança, irmão!
F. Galvão: Primeiramente gostaria de dizer a todos que formam a comunidade Fapcom, que apesar da distância, somos felizes por termos uns aos outros e podermos nos comunicar transmitindo nossa amizade, cuidado e carinho. Para terminar deixo uma frase de Henri Nowen que acredito ser bastante oportuna para esse momento: “A Esperança é mais real que o desespero, a fé mais real que a descrença e o amor mais real que o medo.” Sejamos, uns para os outros, esse canal de amor e esperança. Fiquemos em paz.