Por Larissa Lopes
A edição de 2020 da Revista Brasileira de Iniciação Científica em Comunicação Social (Iniciacom) – publicação mais importante de pesquisas a nível de graduação em comunicação no Brasil – contou com o artigo da egressa Kallany Ruiz, formada em Relações Públicas pela FAPCOM. O artigo foi resultado da monografia que ela apresentou em 2019, com a orientação da Prof.ª Carlise Borges, que teve como título “A comunicação pública do mandato da deputada federal Sâmia Bomfim”.
Confira aqui o artigo.
A Iniciacom (Vol. 9, n. 3), lançada oficialmente no dia 02 de dezembro, durante o 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação do Intercom, foi centrada no tema “Um mundo e muitas vozes: da utopia à distopia?”. Dessa vez, a revista contou com 14 artigos de estudantes de todo o Brasil e uma resenha de livro.
Kallany foi uma dos quinze pesquisadores contemplados por essa edição, e ela diz que ter o artigo publicado representou uma das experiências mais gratificantes depois de formada. “Durante a graduação, a gente passa por tantas dificuldades que, às vezes, parece que vai demorar para vermos os frutos – de noites mal dormidas, trabalhar e estudar ao mesmo tempo, dos trabalhos e provas. Agora eu comecei a colher, depois de todo o esforço”, diz.
A pesquisa da egressa mostrou como as relações públicas podem contribuir para que a comunicação pública – a relação entre político e cidadão – seja mais efetiva, isto é, que haja o diálogo com o povo, a prestação de contas, a transparência e a preocupação com o que o cidadão vive. Segundo Kallany, esse relacionamento é característica fundamental da comunicação pública e, portanto, objeto de seu estudo.
Segundo a Prof.ª Carlise, orientadora de Kallany, a discussão do tema é muito importante, já que as redes sociais, presentes no nosso dia a dia, abrigam boa parte da comunicação política. “A área de RP está passando por reformulações e procura se destacar das outras profissões de comunicação; um dos diferenciais de relações públicas é trabalhar nesse segmento de política – tanto como RP governamental quanto assessor de um político”, analisa.
Desafios
Kallany conta que, ao longo da graduação, foi uma relações-públicas diferente: a atuação empresarial do RP nunca a atraiu como as teorias da comunicação e a área governamental. Depois de perceber que se interessava pela pesquisa, ela decidiu fazer um projeto de Iniciação Científica sobre feminismo e a mulher na política – o ponto de partida para o TCC. Para ela, optar pela modalidade de monografia na conclusão do curso foi desafiador, e a parceria com a orientadora contribuiu muito no processo. “A gente se deu muito bem e sou muito grata. Passamos muita coisa juntas nesse último ano; e eu sei que esse resultado também veio da orientação dela”, conclui a egressa, que iniciou uma pós-graduação em comunicação pública governamental na USP.