por Angélica Pereira, Marilia Gouveia, Thalia Lins e Vitor Gabriel
Na quarta-feira, 12/5, os alunos da matéria optativa de jornalismo investigativo da FAPCOM receberam Allan de Abreu, repórter investigativo da revista Piauí, em um bate-papo sobre os desafios da produção desse tipo de reportagem. Formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Estadual Paulista, Allan é autor dos livros O delator: A história de J. Hawilla, o corruptor devorado pela corrupção no futebol, Cocaína: a Rota Caipira e Cabeça Branca, todos publicados pela editora Record.
Entre os principais assuntos abordados, Allan destacou a questão financeira, fundamental para que o repórter possa conduzir uma investigação, principalmente quando demanda viagens ou deslocamentos, e a segurança dos jornalistas. Nesse ponto, o convidado lembrou que houve avanços e mais conscientização após algumas tragédias envolvendo companheiros de trabalho, como o caso de Tim Lopes, sequestrado e morto em 2 de junho de 2002, durante uma investigação no Complexo do Alemão (RJ).
No primeiro bimestre, os alunos também conversaram com o jornalista Eduardo Reina, autor dos livros Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil e Depois da rua Tutoia, que enfatizou a relação e o cuidado com as fontes.
Uma nova geração de jornalistas investigativos tem atuado não só na grande imprensa, mas também em agências e coletivos. Esse é o caso dos jornalistas Matheus Moreira e Thiago Picolo, autores da reportagem Homens de farda não choram, publicada pela Agência Pública e El País. No diálogo com a turma, eles falaram das dificuldades e diferenças entre os jornalistas investigativos que trabalham como contratados e os freelancers.